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BLOCO NÃO É NÃO HOMENAGEIA MULHERES QUE FIZERAM HISTÓRIA NO RÁDIO GOIANO

 

Por: Geralda Ferraz

No próximo dia 16(terça-feira), às 20 horas, no Circo Laheto, o Bloco Não é Não juntamente com o grupo de percussão Coró Mulher (participação possibilitada pelo apoio da lei de incentivo a cultura Aldir Blanc), a Associação Mulheres na Comunicação e o Gsex Goiás, promoverá uma folia virtual.

Com o enredo “O Amor está no Ar – Respirar VIDA, Inspirar ALEGRIA”, o carnaval Virtual 2021, homenageará mulheres goianas que fizeram história no rádio em Goiás. Este veículo de comunicação que continua atual, ainda que com todas os avanços tecnológicos.

As homenageadas reafirmam os princípios dos grupos de mulheres que defendem a liberdade e autonomia sobre seus próprios corpos. Mesmo em tempos em que o movimento feminista não era conhecido em nosso Estado, elas ousaram fazer história e se firmarem em um espaço visto com preconceito pela sociedade da época. Darci Silva e Marlene Silva foram cantoras de rádio, entre as décadas de 50 e 60. Dalva de Oliveira começou no teatro, mas se firmou como radialista em 1950 e Divina Jordão, foi pioneira na comunicação popular,  no período de redemocratização do Brasil. Conheça a história de cada uma!

AS HOMENAGEADAS

 

Darci Silva:

Darci Silva começou sua carreira em 1949, aos oito anos de idade num programa infantil na Rádio Clube de Goiânia-Go, conquistando o primeiro lugar. Em 1956, com 15 anos, cantou pela primeira vez no programa de calouros “No Degrau da Fama” na Rádio Brasil Central, cujo prêmio era de 50 cruzeiros semanais e estava acumulado em 600 cruzeiros. Darci arrebatou não só esse prêmio, como ganhou sucessivamente todas as semanas durante um ano, quando passou a se tornar horsconcours.

Aos 16 anos iniciou como profissional nos Programa “Gente Nova” na Rádio Brasil Central, entre os anos 1957 a 1958. Em 1959, começou a cantar no Programa “Festival SM” de Sílvio Medeiros, também na RBC, e em 1960 continuou no programa, quando o mesmo mudou-se para a TV Anhanguera, canal 2, onde Darci teve um programa exclusivo intitulado “A Estrela É Quem Brilha” até 1962 e teve outro programa exclusivo intitulado “Encontro Com Darci”, na TV Curumim, Canal 4, até 1964. Em 1963, Darci participou do concurso nacional “Voz de Ouro ABC”, onde conquistou o 3º lugar.  Em 1964, participou do LP “Show de Vozes”, gravando “Meu Xalinho Roxo” (de Jean François Douliez) e “A Flor Que Tu Me Deste” (de Marcos Borges) na RGE em São Paulo, com outros quatro cantores goianos escolhidos para interpretar composições de sua terra natal.  No mesmo ano, Darci vence o concurso de “Rainha do Rádio de Goiás/64”, recebendo a coroação do prefeito de Goiânia, Dr. Hélio Seixo de Brito. Ainda em 64, Darci divide o palco com Lindomar Castilho na Boate Lisita. Em 1965, casa-se e encerra sua carreira para se dedicar ao casamento, como era o costume da época, infelizmente.

Darci teve 4 filhos, sendo que dois deles (Darwinson e Yara de Mello) seguiram a carreira musical profissionalmente e os outros dois (Washington e Wesley). Muito mais tarde, em 1994, Darci defendeu a música “Vôo dos Sons” de seu filho cantor e compositor Darwinson, no festival FEMP/92 em São José do Rio Pardo-SP, e também nos festivais de Cachoeira de Minas-MG e no Festival de Boa Esperança-MG (hoje FENAC).

Em 2011, Darci Silva aparece na segunda edição do livro “A Magia Do Rádio”, de Valdir Comegno, em meio a nomes como Dalva de Oliveira e Emilinha Borba, entre outras estrelas, ocupando a página 293. Segundo o autor, Darci Silva foi a única Rainha do Rádio de Goiás e a última Rainha do Rádio do Brasil.

Marlene Silva

O talento da cantora Marlene Silva foi descoberto em 1957 pelo diretor da Rádio Nacional do Rio de Janeiro,  Valfrido Gramon, em uma passagem dele por Goiânia.

Apesar de ter sido convidada para fazer parte dos quadros de cantores da Rádio carioca, Marlene optou por permanecer em Goiânia, onde iniciou sua carreira na Rádio Clube, se apresentando ao vivo nos programas de auditório. Sua voz romântica e afinada fizeram de Marlene Silva uma das cantoras mais requisitadas em rádios de Goiânia e em eventos importantes na capital, no interior e também  em Brasília.

Sua última apresentação ocorreu em dezembro do ano de 2019, durante a Peça o ” Amor na era do Radio”, acompanhada Orquestra Jovem de Goiânia cantando a música Por causa de Você, de Dolores Duran e Antônio Carlos Jobim.

Foi nos antigos programas ao vivo da Rádio Clube na década de 50,  que ela conheceu o violonista José Passos de Almeida, parceiro de carreira até hoje e com quem formou sua família, numa história de mais de 50 anos de casamento. No espetáculo do Centro Livre de Artes que retratou uma  aventura romântica na época das radionovelas, onde as divas do Rádio eram as grandes estrelas.  Marlene Silva protagonizou a própria história.

Dalva de Oliveira

Dalva Maria Guimarães ou simplesmente Dalva de Oliveira começou sua carreira no serviço de Alto Falante, de seu pai, na cidade mineira de Campos Gerais, aos sete anos de idade. Em Goiânia, o primeiro trabalho foi com no teatro, com a peça Cala boca Etelvina, com direção de Tufic Sebba.  Foi convidada por Otavinho Arantes da AGT para estrelar a peça “O discípulo do Diabo”.  Foi através desta peça, que começou sua carreira na rádio Clube de Goiânia em 1952. De lá ela foi para a rádio Brasil Central , no ano de 1954,  onde trabalhou com rádio teatro, programas de auditório. Ficou um período fora do rádio, quando casou e teve seus três filhos. Reapareceu na rádio Difusora em 1964, onde trabalhou por 12 anos com nomes como o radialista Darcísio de Souza. Voltou para a rádio Clube, quando passou a trabalhar a noite e ganhou a título de Dama da Noite. Passou pela rádio Riviera e aposentou-se na rádio 730 – Rádio K, no ano de 2002.

Divina Jordão

Divina Jordão é professora, educadora e radialista. Começou o seu trabalho em rádio no ano de 1993, pela rádio Difusora, com o programa Palavra de Mulher.

O programa foi uma iniciativa da Pastoral da Mulher, da arquidiocese de Goiânia e da rádio Difusora, com o objetivo de dar visibilidade aos movimentos de mulheres, trabalhar as questões relacionadas a gênero, saúde, educação, violência, cidadania, debatidos numa perspectiva de tomada de consciência e mudanças nas atitudes sociais, com compromisso social. O programa Palavra de Mulher ganhou grande inserção nos bairros de periferia, tendo ido ao ar por vinte e três anos.  Com o sucesso desta iniciativa, Divina Jordão que esteve a frente deste projeto, encampou outros como rádio escola, no Colégio Estadual Balneário Meia Ponte e foi articuladora e influenciadora do projeto de rádio na escola Orientar Centro Educacional. Juntamente com um grupo de mulheres, em 2002 criou o programa Voz da Mulher.

Divina Jordão durante estes quase 28 anos de atuação, tem sido uma militante aguerrida na defesa dos direitos das mulheres, da democratização da comunicação enfim, na defesa dos direitos humanos. O seu pioneirismo articulando o trabalho social das comunidades eclesiais de base e dos movimentos sociais, dando visibilidade através do rádio, faz dela uma das referências da comunicação popular em nosso Estado.

Atrações da Folia Virtual:

A folia virtual que será transmitida pelas redes sociais:  Facebook do Bloco Não É Não (

https://www.facebook.com/naoenaoobloco) e pelo Youtube Oficial do Circo Laheto (https://www.youtube.com/results…), contará ainda com a participação da trupe do circo Laheto, apresentação do artista performancer Nunna Queer e da cantora Thainá Janaina. O grupo Coró Mulher ficará responsável pela animação da festa, com músicas e marchinhas carnavalescas. A presença do grupo de percussão foi possibilitada pela  lei de apoio e incentivo  a cultura Aldir Blanc.

Nunna Queer – persona criada pelo ator e cantor Guto Rocha. Nunna é a expressão da criança “viada”. Em sua  apresentação  Guto reafirma sua  herança negra baiana, cantando Carmem Miranda, e ainda pensando nos preconceitos da nossa sociedade.

Thainá Janaina– Estuda música desde os oito anos. Formada em técnico em vioão, com bacharelado em Arqueologia. Atualmente pós graduanda das áreas: Arqueologia e Patrimônio, Antropologia Brasileira e Etnologia Indígena. Faz Licenciatura em música no IFG. Tem um CD gravado chamado : Raízes de uma Negra. Cantora de música afro Yorubá, cantora de axé music

Coró Mulher – É um projeto  da Associação Coró de Pau. É um grupo de mulheres atuantes e ativistas da Percussão, da Cultura Popular. Lutam por mais mulheres percussionistas, lutam pelo fim da violência contra as mulheres e desejam um mundo melhor. As integrantes entendem que o trabalho da percussão mudam a vida das mulheres que passam por lá. Desenvolvem a auto-estima, se realizam através da música. Recentemente foi contemplada com a Lei de incentivo a cultura Aldir Blanc, que possibilitou que as integrantes se juntasse com os demais grupos para organizar a folia virtual.

 

Campanha Solidária: A campanha solidária da vaquinha on-line do circo Laheto é também um dos objetivos das organizadoras da folia virtual. Já que o circo tem uma extensa lista de trabalhos sociais de inclusão de crianças e jovens a partir das atividades circenses e recentemente teve sua lona principal danificada pelas chuvas. Este é um bom momento para aqueles e aquelas que ainda não contribuíram com doações, podem fazer da seguinte forma. Por transferência de  qualquer valor para Banco do Brasil, Agência 3486-x Conta corrente: 47934-9 CNPJ 01.206.329.0001/76 ou via  PIX 01.206.329.0001/76

A folia virtual do Bloco Não é Não além das transmissões pelo facebook do bloco Não é Não e do Youtube do Circo Laheto,  terá o apoio da rádio comunitária Noroeste – 87,9 fm ou pelo site www.portalnoroeste.net.com.  Portanto, você não tem motivo para ficar fora desta festa. Chegue mais, chegue junto!

 

 

 

Serviços:

Folia Virtual – Realização: Bloco Não é Não; Coró Mulher; Associação Mulheres na Comunicação e Gsex Goiás.

Contatos:

Geralda Ferraz – Radialista e Jornalista (62) 992668377

Cida Alves – (62) 98424241

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